Os advogados de defesa dos policiais militares, os soldados Cleber Renato Ramos de Lima e Raul Veras Pedroso e o sargento Arleu Júnior Cardoso Jacbosen pediram a liberdade provisória deles no final da audiência desta quinta-feira em São Gabriel. O pedido foi negado pela juíza Viviane Freiras Pereira e pelos integrantes do conselho de disciplina da Brigada Militar que estão julgando o caso. Os três foram levados novamente ao presídio militar em Porto Alegre.
Inspeção judicial
A quinta-feira (16) foi marcada por muita movimentação em São Gabriel, em mais uma audiência da Justiça Militar que apura o desaparecimento e morte de Gabriel Marques Cavalheiro. Além da audiência, uma inspeção judicial foi realizada na barragem do Lava Pé, onde o corpo do jovem foi encontrado.
Desaparecimento
Gabriel Marques Cavalheiro, 18 anos, desapareceu por volta da meia-noite do dia 12 de agosto de 2022, no Bairro Independência, em São Gabriel. Segundo o relato de uma moradora, ela teria chamado a Brigada Militar (BM) após o jovem ter forçado a grade da casa dela e tentado entrar no local. Os policiais foram até o endereço, abordaram, algemaram Gabriel e o colocaram no porta-malas da viatura. Depois disso, o jovem não foi mais visto.
O corpo de Gabriel Marques Cavalheiro foi encontrado no dia 19 de agosto, em uma barragem na região conhecida como Lava pé. Os três policiais militares que abordaram o jovem foram presos no mesmo dia e encaminhados ao Presídio Militar de Porto Alegre, onde estão presos desde então. O laudo do exame de necropsia apontou que Gabriel morreu devido a uma hemorragia interna na região do pescoço, provocada por uma agressão, e que não haviam indícios de afogamento.
Os soldados Cleber Renato Ramos de Lima e Raul Veras Pedroso e o sargento Arleu Júnior Cardoso Jacbosen são representados pelos advogados Maurício Custódio e Shaianne Lourenço Linhares.
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